segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Roads



Ninguém vê sou o único a ver?

Sou o único a sentir?
Nunca encontramos nosso caminho
Apesar do que eles dizem

Isto não será cruel demais?
Neste preciso momento
Isto não será cruel demais?

Vendaval eu sinto, num reflexo de uma manhã
Sombria...
Não posso falar... não me deixam
Mas eu sinto, sinto bem dentro de mim
E de noite fico congelado...

Não tenho ninguém comigo.
Todos me abandonam...porquê?
Isto não é justo, não pode, não quero que isto seja assim...
Este caminho, que percorro agora!
Preciso só de uma mão, de ti que estás ai a olhar para mim...vem ate mim... diz-me que estás comigo só desta vez!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Fica


Vem devagarinho...
Não faças barulho
Não queiras acordar ninguém...
Junta-te a mim, nesta noite fria!
Todos foram, ninguém ficou.
Agora me sinto só, ficas?
Fica, não partas.
- Porquê?
- Chega-te aqui digo-te ao ouvido, bem baixinho, pois não quero que ninguém oiça! Pois só interessa a nós os dois, o resto do mundo é insignificante.
- Se ficar o que me garantes?
-Garanto-te o meu calor humano, jamais derramarás uma gota de água, ficas?

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Distractions


-Imagina um sonho, vou te pinta-lo
Cheio de cores, de alegria será só nosso
Depois desse quadro feito de sonho te direi
Ao ouvido bem baixinho, o que nunca pensei dizer
As palavras nunca ditas antes..eu acho que te amo
-Sim, acho que te amo!

Eu amo, te amo com todas as forças, com toda a alma
Mas sou uma criança, por isso faço piadas para esconder
Este sentimento que me devora me consome...
-Sou eu apenas a dizer que te amo!

-Imagina um carro a passar cheio de velocidade
Lá dentro cheio de coisas vazias, tento fugir...
Mas não consigo apenas quero-te dizer o quanto te amo!
Mas sou uma criança, por isso faço piadas para esconder
Este sentimento que me devora me consome...
-Sou eu apenas a dizer que te amo!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Diário de uma prostituta....


O meu pai batia-me, pois era bêbado. Não tinha emprego por isso bebia, bebia para esquecer as suas tristezas, para esquecer que tinha um lar para cuidar. Batia também na minha mãe. Era uma constante, nesta vida. Até que um dia minha mãe resolveu sair de casa comigo e com os meus irmãos, para nunca mais voltar a vê-lo. Andávamos de casa em casa fugir de tudo e de todos, medo reinava e imperava connosco. Era assim uma vida desgraçada, assim passei a minha adolescência, de escola em escola. A minha mãe cada vez mais fraca, andava com qualquer um que aparecesse, esquecia que tinha os filhos para cuidar.
Até eu passar para a marginalidade foi um passo, tão pequeno, quanto de uma criança. Primeiro o álcool, depois as drogas e por último a prostituição. Não é uma vida que me orgulho, mas sou origem dos factos que me originaram. Não tive ninguém que me apoiasse, me desse um rumo a minha vida. Comecei-me a prostituir aos 15 anos, minha mãe estava entretida com os seus namorados para se lembrar ou cuidar dos filhos. Parecia que nem queria saber, comecei para sustentar os meus vícios. Ao princípio até gostava, sabia bem o que estava a fazer, até ganhava dinheiro.
O pior veio a seguir, clientes violentos, queriam-me forçar a fazer algo que não desejava a ter relações indesejadas, cai no fundo, mais não poderia cair...Desejei acabar com esta vida, mas faltava-me a força de vontade, algo que me permitisse ajudar para remar para outro lado da maré. Até que um dia soube que estava grávida, foi o dia mais feliz da minha vida saber que ia ser mãe, não queria saber quem era o pai, Podiam ser tantos, nem desejava saber, era essa notícia que precisava para mudar de vida, desejava ser melhor mãe do que os meus pais foram para mim. Mas o pior foi uns meses depois de saber esta notícia, saber que tinha sida. Foi como um desmoronar de um castelo de cartas, parecia ver os meus pais a rirem-se de mim e a dizerem que nunca serás melhor que nós. Pois nasceste de nós e serás sempre como nós. Não sabia o que fazer, falei com os médicos e disseram que havia possibilidades de o meu filho ter sida. Valeria a pena nascer uma criança que estava condenada a sofrer? Será justo eu matar esta pobre criança que não têm mal de ser assim? Será que valeria a pena viver? Foram as perguntas que ficaram no ar, será que alguém me pode ajudar a responder a estas perguntas e a outras que não sei a resposta, ajudem-me pois eu já não tenho forças para viver.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

...nada mais sei nesta vida.


...nada mais sei nesta vida.
O que soube um dia,
Já me esqueci!
Não devia
Ser interessante,
Pois dizem que só se fixa
O que queremos fixar
Se calhar nunca quis saber
Apeteceu-me sempre
Vaguear por este mundo
Como um ser errante
Um nómada, com a mochila
As costas, entrando a dentro
Nas novas civilizações, pois as antigas
Nem eu nem ninguém se lembra como
Foram, o mal deste mundo não se interessa pela antiguidade...
Se calhar estou a ficar velho, já não me sinto pertencente a minha geração, sinto-me um intruso, que não pediu nada mas forçaram a minha entrada para ficar bem na foto....

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Televisão


Ligo a televisão e a primeira coisa que vejo, é a morte de uma criança numa barragem. A notícia a seguir é sobre outra morte de um pai e um filho. Só existem notícias más para dar? Só o terror é que faz audiências? Se sim, como está o caso Casa Pia? Há tanto tempo que não oiço falar sobre ele. Alguém foi condenado? Não sei, já não deve ser suficientemente interessante para dar audiências, o caso Apito Dourado vai no mesmo sentido o esquecimento. Mas temos mais casos, como por exemplo o caso Maddie, antes era largos minutos de tempo do noticiário, agora nem um minuto. Mas poderemos ir ainda mais longe, falar sobre o que realmente as pessoas preocupam-se no seu dia-a-dia... Os problemas sobre os deficientes, isso não é importante chamarem atenção? É a sociedade onde vivemos, onde o sensacionalismo, supera tudo... Onde os canais de televisões, fazem de tudo para ganhar a guerra das audiências!
Mas esquecem-se que do outro lado do ecrã, está uma pessoa, que quer informações realmente importantes para a sua vida... Quer programas lúdicos, para poderem progredir como ser humanos, não querem mais vasculhar e invadir o máximo da privacidade das pessoas que se intitulam como famosos... Os não famosos são tão ou mais importantes que os famosos pois são o povo, são aqueles que fazem progredir ou não o país, por isso não se esquecessem daqueles que fazem vocês terem audiências....

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Identidade desconhecida...



Sou um eterno desconhecido,
à espera de um dia ser conhecido.
Para me tornar reconhecido,
decidiram-me dar um nome,
mas esqueceram de me dizer.
Mas mesmo assim não sei escrever,
fui consumido por um sobrenome.
Que teria de utilizar, mas não gostava.
Decidi que apenas o afastar me restava.
Para poder criar outro eu...
Pois este já o detestava...
Agora vou sabendo que parto,
sem me despedir, pois nada me resta...
Nem ninguém para dizer adeus!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

As palavras para ti...


Pode não ser as palavras que desejavas ouvir, ler, nem as mais belas mas são com certeza aquelas que sinto por ti....

Parei, nesta foto, não consegui passar para a próxima foto. Tive de conter a respiração, uma lágrima ao canto do olho a querer cair pelo meu rosto abaixo. Surpreendeste-me pela positiva, estavas bela demais na foto, as palavras custam a sair, pois o coração palpita cada vez mais forte...Talvez por querer dizer que estás bela demais, mas isso já sabes que o és, que gosto muito de ti também o deves saber, ou que és alguém importante para mim penso que o já o sabes a muito tempo. Mas o que acho que não sabes é que a noite antes de dormir, quando reina o silêncio perturbador, quando já não se ouve mesmo nada, onde só apenas a minha respiração oiço, lembro-me de alguém especial, única, imemorável, incomparável e inigualável... Essa pessoa só podias ser tu! Pois és tudo isso e muito mais, mas deixo que o silêncio da minha alma, das minhas palavras cheguem até ti, que oiças o meu coração a palpitar e chamar por ti. E dizer o teu nome e que te adora a cada segundo que passa pois és demais, jamais aguentaria perder a tua companhia, pois de certeza que não vou encontrar ninguém como tu, por mais que procure e vive, tu és someone special. Nunca mudes pulguita. Beijos de alguém que te adora em silêncio, nesse silêncio diz tudo o que vai na alma.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Ser poeta...


Ser poeta, é dizer o que mais ninguém diz
É ousar ir para além da evidência e mesmo
Assim e deixar o outros falarem por si
Transmitindo em cada palavra uma nova
Emoção, a cada suspiro um novo desejo
Mesmo sabendo, que muito ficou por dizer
Fazer até...é fazer da utopia uma realidade
É caminhar no mundo dos sonhos,
Tornando os reais... é gritar bem alto
Para o mundo ouvir, tudo o que vai na alma
É deixar o coração falar em vez razão
Sem ter medo da importância que tem
As suas palavras, tornando o impossível, possível....