quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Nada é eterno tudo é efémero

Nada é eterno tudo é efémero, simples palavras, trocadilhos, mas uma mensagem muito mais complexa que poderemos imaginar. Pois no fim só conta isto, tudo e nada, nada e tudo, eterno ou efémero. Quando pretendemos responder o que é amor? Saberemos dizer que é eterno? Então quando esse ente que amamos, morre continuará haver amor?
Será que Deus existe? Aquele Deus que se vê na bíblia aquele ser que todos julgam superior ou não será mais uma efemeridade do ser humano?
Que tenta por todos os meios não se sentir só, nem que seja só por um minuto, quando não temos resposta inventamos algo, para nos consolar esse flagelo. Mas será que todo o que inovar já não foi inventado um dia? Será que a busca incessante que temos todos os dias para descobrir o mistério da vida, o mistério do universo. Já não foi dito, mas como vemos tudo no eterno, não conseguindo ver a efemeridade pensamos que tudo o que nos disseram está errado.
Tudo e nada, nada e tudo. Queremos o tudo e quando temos desejamos ter nada. Como se uma busca incessante em que nada nos satisfaz, nada satisfaz esta fome incessante que temos devorar. No fundo resume a que, a pequenos nadas, a pequenos efemeridades que nos deixam contentes e felizes, mas não queremos o eterno o tudo.
Caindo nos sete pecados mortais: a gula, ganância, a luxúria, preguiça, inveja, orgulho, vaidade. Todos um dia já cometemos um deles, porque pensamos num tudo, achamos sempre que tudo não passa de um status, de um reconhecimento dos outros perante nós. Mas quando e onde vamos nos reconhecer a nós próprios, quando iremos olhar ao espelho e vermos a pessoa que está a nossa frente?
Poderão dizer, isto não passa de uma bela retórica, mas não será a única verdade que temos hoje em dia?
Quando soubermos responder a essas simples questões, saberemos a respostas as mais complexas, pois seremos capazes de olhar com olhos de ver. Com espírito aberto para percamos a complexidade de quem somos, o que fazemos nesta vida e para onde vamos. Não percamos tempo ajuizar tudo e nada, deixemos apenas mo eterno ou efémero.

domingo, 25 de novembro de 2007

Nada é eterno, tudo é efémero.



Nada é eterno, tudo é efémero.
Hoje descobri essa verdade, como a única verdade absoluta, tudo nasce, cresce e morre um dia. Até o que julguei para a toda a vida acaba um dia. Poderemos pensar nos exemplos mais básicos, ou os mais complexos. A verdade de hoje pode ser a mentira de amanhã. Mas não deixa de ser verdade hoje, hoje vive-se num extremo da efemeridade. Como se não houvesse amanhã. Por isso, cada vez penso menos nos outros, acreditamos só em mim. Não consigo mais olhar para um Deus que todos os dias acreditei que existisse, por mais que digam ninguém consegue provar a sua existência, talvez haja algo superior a nós, mas não aquele que muitas religiões apregoam por aí. Com um sentido moral superior.
Mas então pergunto-vos para que viver se no final tudo se resume a uma efemeridade de coisas? Talvez porque essas efemeridades, se tornem algo eterno, uma felicidade, uma busca por um eterno que sabemos que jamais vais existir, mas tentarei sempre alcança-lo. Porque senão fosse assim para que viver? No fim de contas sei que não sairei daqui vivo, mas por saber isso deixarei de viver? Deixar ser quem sou por essa verdade universal?
Acho que o principal é conseguir abster-me disso e viver, tentando sempre alcançar algo que seja eterno, mesmo que no fim se resume a uma efeméride. Questionando tudo e todos, o porquê de certos actos continuarem a ser sempre assim.
Quem sabe um dia chegarei a conclusão, que tudo se resume a um passado com implicações num futuro, tentando absorver tudo num presente nem que seja esse longínquo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Nossa vida desenhada numa canção, cantada numa tela!


Meço-te em filigranas que teço
a cada palavra que sopras.
A suavidade com que caem sobre mim
confundem-me fada,
matizada pelas cores que centelham do teu sorriso.
Traço-te em contornos que rompem
em pinceladas subtis
de um azul céu e fico-me por ali,
até que escureça a cor
e cintile o brilho dos teus olhos.



Rio seguindo os teus lábios
e mergulho nas ondas
desse mar de água doce
que guarda tesouros no coração.
São teclas de piano as guardiãs...
Pena não saber tocar-lhes!


Deito-me sobre o silêncio que poisa na areia
e espero que as ondas me susurem a música.
Deixo-me embalar
e guardo sob as pálpebras
a tua imagem de noite estrelada
que se deita sobre o mar

P.S- Não fui que escrevi, mas tenho a permição da autora, gostei demais deste poema por isso decidi postar para vocês, espero que gostem tanto como eu gostei!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Renascimento


Apetece-me rasgar com o passado
Escrever tudo novamente,
Forma de reinventar-me, acordado
Rabiscar o sonho presente!

Tentando apenas presentear
O renascimento do meu novo ser
Uma diferente alma, um novo despertar
Nunca me esquecendo, ao mundo dizer!

Acordei e agora não quero mais dormir
Quero eternamente, de olhos abertos ficar
Para tudo poder ver, e um dia sorrir...
E tudo recordar, os irrepetíveis momentos

Acabando agora por me deixar
neste canto a recordar, e viver...
Num eterno, e melancólico desejar
Tentando jamais, voltar á adormecer!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Palavras sentidas


Senti cada palavra,
como se fosse a ultima,
tornando-se escrava,
de uma antiga rima
que um dia jurei fazer,
mesmo sem o saber.

Agora revejo este poema,
que queria tornar num lema.
Com melancolia saudosista,
vejo esta pista
que um dia quis seguir,
pelo qual não consegui resistir!

Agora tornou-se um sonho antigo,
ficando eternamente comigo!
Pelo qual chamo amigo...
...que se alimenta apenas da razão,
que anterior fora paixão,
vive agora no passado,
mas serei sempre um eterno apaixonado.

Das memórias antigas guardadas num abraço!

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Violência


Hoje quero reinventar-me nas palavras, calar a obscuridade que na noite me trás. Obscuridade que consume-me, o rosto húmido de vergonhas silenciadas por essa noite que se fecha em quatro paredes. Nada diz, mas tudo vê, tudo sente, são as minhas melhores amigas, pois só elas sabem o que passa comigo. O meu orgulho não permite, que revele, mas elas sabem.
Seria melhor se conseguisse contar alguém, o meu sofrimento, a minha tristeza, as minhas nódoas negras. Alguém jamais poderá pensar que é verdade, mesmo que contasse, ninguém acreditaria. Por isso sofro em silêncio, silêncio este que destroí-me.
Quando começaram as nódoas negras?
Não sei, já sou traído por uma memória envelhecida... Tento levantar a cabeça, mas já nem para isso tenho forças! Quero apenar dizer com estas palavras ao mundo, senão silenciarem-me: é que por mais que digam todos os seres humanos sofrem. Uns sofrem em silêncio, pois ninguém os escuta, ouve, lhes da atenção. Estão a sua mercê, como uns moribundos que já não merecem atenção de ninguém. Todos batem-me, sofro de violência psicológia e física. Não importa no final se sou homem ou mulher, pois por mais que digam que só existe mulheres a sofrerem deste mal, hà muitos casos silenciados por homens que tem vergonha de dizer que também o são. Todos se escondem, pois pensam que assim poderão viver melhor. Estão errados, só se apercebem quando lhes toca a porta, quando toca, muitas vezes entra sem pedir licença, quando dão por si, já faz parte da rotina.