terça-feira, 31 de julho de 2007

Vagueio pelas ruas...


Não consigo dormir, então decido-me levantar a meio da noite para ir dar uma volta. Ver se consigo com que me volte o sono. Caminho pelas ruas desertas, o candeeiro a meia-luz, parece que tenta esconder o que outros há muito esqueceram existir... Uma mulher a meio da esquina, à espera de um cliente, para satisfazer o desejo dele, para ganhar uns trocos para a sua família. Mais adiante vejo um sem abrigo, um senhor que teve família, tinha tudo o que se podia desejar. Sabem então porque está na rua? Porque se tornou inútil para a sociedade, para a sua família pois passou o prazo de validade. Pergunto se precisa de ajuda ainda me trata mal, resolvo continuar o caminho, pois sei que não o consigo ajudar porque ele não quer. Mais tarde, vejo os marginalizados da sociedade, os toxicodependentes, os ladrõezinhos de carros, aqueles que têm casa mas preferem estar na rua pois sentem-se menos sós...
Vagueio o meu pensamento, caindo sempre em ti, tinha insónias porque o meu pensamento deparava sempre em ti. Espero que as palavras não sejam vãs. Mesmo que essas se tornem numa só, seja só para dizer um simples oi, ele contém tudo, um sorriso iluminado no rosto por te ver, por poder estar junto a ti, diz também um gosto de ti, envia beijos sem nunca sentir ciúmes. Por isso digo-te um simples oi, que para mim é mais importante, que uma manifestação de carinho, saudade. Mas isto sou eu vagueando pelos meus pensamentos. Pensando que as palavras não são vás, que vale a pena tentar mudar o mundo, vale a pena dizer o que vai na alma, o que passa no nosso pensamento por um segundo...
Esse segundo passou nem tive tempo para dizer que gosto de falar contigo, da tua companhia, da pessoa que és quanto estás comigo, mas não importa pois os meus pensamentos são mais que um segundo, pois demoram imenso, sabes porque? Porque me dedico a pensar em ti... Fazem-me sorrir lembrar de uma pessoa como tu, mas por outro trazem a saudade momentânea, mas esperando que essa saudade apenas demore o segundo do pensamento que pensei ter saudades tuas...Já passaram vários segundos e como vês continuo a pensar em ti, porque estou a escrever para ti, não minto quando digo que penso em ti.
Agora de volta a realidade, vejo que não posso-te ter ao pé de mim, mais vale me dedicar a tentar ajudar estas pessoas, tentando-me ajudar a mim próprio. Volto para casa para ir dormir, pensar como posso contribuir para ajudar estas pessoas e outras que precisam de tanta ajuda, quanto podermos dar....

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Imemorável


Um momento
que se imortaliza,
que pára o tempo,
nos faz sonhar acordado.
Que têm um condão de
tornar mágica as palavras,
nos fazer entrar
no jardim do éden,
sorrindo e correndo
com alegria de mão dada.
Fazendo nos conquistar
um mundo
por um segundo,
sentindo-nos imortais
para vencer qualquer um.
E tornando as nossas
palavras em uni som,
como se de uma única alma
se tratasse, é assim o amor,
um sentimento desconhecido,
jamais compreendido,
pelos incompreendidos.
Que não percebem
o perceptível.
Tornando impercebível
Aos seus olhos, ficando
com uma sensação amarga
nos seus lábios e na sua língua...

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Promessa...não cumprida!


Já aconteceu a tanto tempo, mas ainda parece ontem, algumas coisas já não me recordo bem, por isso desculpem se passar factos, ou o raciocino não for contínuo.

Lá fora está tudo molhado, parece uma inundação...por causa das lágrimas derramadas por imensas caras, olhos que já não têm força para aguentar um pouco! Farto disto, impotente vou me embora, para um dia voltar e poder mudar esta realidade...Parto com saudades, mas sei que um dia vão ser recompensadas, com um sorriso de uma criança...
Vou me embora, sem me despedir de ninguém, não gosto de despedidas...Ver as lágrimas que sangram pelos rostos abaixo, seria uma dor que deveras não poderia aguentar! Já basta ter de partir, da minha terra, onde não serei ninguém. Onde cada pedaço de terra pertence a um movimento. Movimento este que luta pelo poder, uma guerra injusta, para mim e para o povo. Onde não se pode dar um passo, com medo de se pisar uma mina, ficar ali estendido para o sempre.
Fugi dos meus pais, amigos, da minha nação para um dia voltar e melhorar esta nação... Chego ao que dizem ser a terra prometida, onde todos se podem enriquecer, ficando ricos de um dia para o outro. Mas quando chego só vejo pobreza e mais pobreza. Serei que sou cego? Pois não vejo nenhuma riqueza, só vejo suor, lágrimas, dor uma tristeza imensa. Vou dormir pois, tentarei ir ver a riqueza que dizem abundar por estas terras. Mas adormeço e oiço tiros, na minha cabeça, a guerra acompanha-me, pois parti donde podia ser o país mais rico do mundo. Concentrado apenas numas míseras pessoas!
Acordo meio ensonado, vou a procura de algo que possa sobreviver, não encontro nada, quando estava prestes a desmonorar, encontrei um trabalho nas obras... Falei com um empregado dizia que ganhava-se bem e não se trabalhava muito. Fiquei feliz, a primeira alegria desde a muito tempo. Mas quando comecei a trabalhar no dia seguinte, vi que não era um trabalho mas sim uma escravidão camuflada. Trabalhava 12/14 horas e mal dava para sobreviver, tinha de continuar, depois tinha de estudar a noite ainda por cima. Até quando iria aguentar? Já estava cá uma semana, resolvi enviar uma carta aos meus amigos e familiares a dizer onde estava, para não se preocuparem mais, pois estava vivo e de boa saúde. Menti ao dizer que estava feliz, a ganhar bem, pensava ao fim de poucos anos voltaria outra vez para junto deles. Tentei estudar, consegui acabar um curso, mas como era de cor era muito difícil arranjar emprego qualificado. Todos recusavam-me empregar, até que uma alma caridosa me empregou.... Ainda continuo nesse emprego já com um cargo elevado, até já me convidaram para ser ministro como as coisas mudam... Curioso será dizer que nunca mais voltei a minha terra, que tanto adorava, e tantos anos foi a minha razão de sobrevivência! Quando parecia perdido pensava nela, mas fui-me habituando a viver aqui, criei raízes, agora não quero voltar mais para lá. Perdoem-me por não ter cumprido a minha promessa...Mas sempre que me deito, lembro-me dos tiros, dos choros das crianças, que também foram os meus choros. Agora não passa, de uma recordação, peço perdão por ter ido e nunca mais ter voltado. Mas não consigo mais viver ai com tanta dor, tristeza...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

cinzas


As palavras escasseiam....
O mundo desmorona-se
Porquê?
Simples a resposta,
Mas de díficil de dizer!
Pois, só vemos sombras
Do passado, emoções
Que nos atormentam.
Já não podem se realizar
Pois gelo, o que antes
Era quente, esfumou-se
Com o vento, as palavras
Ficando as cinzas de um passado
Para ser eternamente lembrado
Pois é dificil esquecer
Certos momentos, vividos
Que agora com o fogo desapareçam
Tal como um figura que
Estava junto do meu coração....

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Não quero ser lido


Não quero ser lido, muito menos compreendido...
Já não sei quem sou, quem fui ou serei! Já não me lembro o começo de tudo isto, ou se calhar já estava predestinado...Foi um acontecimento natural, ainda me lembro da minha infância, se calhar não foi das mais felizes. Mas nada justificava que me tornasse neste ser horrendo que tornei-me... Um monstro selvagem, em que nada me para, matando todos os que se metem a minha frente. Ferindo meio mundo com a minha cólera, deixando lares despedaçados, espalhando tristeza a minha volta.
Nada faz-me viver, apenas sobrevivo, do sangue, ódio, tristeza... Sou um moribundo um meio-morto, meio-vivo, dormindo de dia, acordado de noite! Não me tentei procurar ou encontrar, pois eu quando quiser vos ver, vou a vossa procura. Nem preciso de ajuda, pois já é irremediável, por isso não tem cura! Vou indo nesta silenciosa noite, que me faz vibrar, me acalma amedrontado tantas almas que por aqui vagueim nesta rua mal iluminada. Um candeiro partido, uma mulher na esquina a vender o seu corpo, outro a dormir num papelão, isto é o meu mundo horrível, onde vivo! Onde irei morrer, mas com certeza não serei lembrado da melhor maneira...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Sou diferente?!


Porquê?
Não sou igual aos outros seres humanos? Sou diferente... Por ter uma orientação sexual diferente? Deus diz que são todos iguais perante ele, os direitos humanos dizem o mesmo. Porque não posso-me casar então? Hipocrisias das religiões, muitas como a religião cristã mataram em nome da fé. Agora quando só quero expor o meu amor ao mundo casando com o meu amor, não posso.
Religião porém tem imenso dinheiro, quando Jesus Cristo viveu na miséria... Esquecem-se dos problemas de hoje, grande parte são devido a elas. Pois quis espalhar a fé cristã, quando quero apenas entregar o meu amor não posso, porque se julgam moralmente superiores para chamar-me atenção. Como se pode chamar atenção, se nem tem sequer moral para se olhar ao espelho, tudo em nome de Deus, mas será que sentem mesmo o que apregoam? Duvido, é difícil de acreditar...
Que sociedade é esta, se pode ter uma arma, para sua segurança, mas só a usa para matar, diz-se moralmente respeitada. Mas que no primeiro momento condena tudo e todos, não suportando ver alguém feliz, não suporta ver um beijo de um homossexual ou lésbica, mas não faz mal ver pornografia, sexo explícito na televisão...
Será que sou eu que vivo num mundo que não me pertence? Se calhar sou eu, não devia existir, pois este mundo é cruel demais... Não se conseguindo olhar ao espelho, ver o que são realmente por detrás dessas máscaras horrendas, fazendo dum sorriso malicioso, a sua melhor arma! Escondendo a verdade, pois o ser humano não consegue viver com a diferença, tudo o que é diferente ele recusa a aceitar. Por isso vou gritar bem alto, sou diferente mas igual a tantos outros, diferentes como eu, mas não me escondo. Por detrás duma máscara e assumo o que sou, sem qualquer pena, responsabilizando-me pelas minhas palavras... Pois só quero amar livremente, deixem-me amar quem eu amo!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Para ti Eterna desconhecida...


Para ti eterna desconhecida
Que um dia quis conhecer
Passares a ser minha conhecida
Para por me tornar um novo ser
Perguntei qual era o teu nome
Mas tu não me respondeste
Deste-me só um cognome
Um que tu escolheste
Para ninguem saber o teu verdadeiro
Mas mesmo asim conheci e gostei
De conhecer, ser teu companheiro
Agora só me resta dizer que ganhei
Um dia ter conquistado, a tua atenção
Resta apenas dizer um obrigado de coração!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Quarto escuro que tantas recordações me trazes...


Quarto escuro que tantas recordações me trazes...
Um grito abafado pelas paredes,
um gemido que entoava a alma, fazendo vibrar, um ódio crescendo dentro de mim estava a nascer. Quarto escuro que tantas recordações me trazes... Foi nesse mesmo quarto que perdi a inocência, deixei a minha pureza de lado...
Uns gemidos que levavam a minha alma, deixando para trás o nascimento de um ódio, que me consumiu, até as entranhas do meu ser. Desfigurando tudo em mim, deixando de saber quem era para me transformar num monstro. Porquê? Pergunto eu, tinha de ser assim. Haveria necessidade de saciares os teus desejos, em mim, uma pobre criança? Sou, o que sou devido a si!
Deveria ter orgulho em mim, pois só me tornei o que você foi para mim. Um monstro, que rasgava-me a roupa, para entrar dentro de mim, do meu corpo. Sentia nojo, mas não poderia fazer nada, era meu pai. Que tanto adorava, agora tanto odeio. Ninguém se apercebeu? Todos se silenciavam, num silêncio perturbador, que me arrepiava, todos viam, o que não queriam ver. Mas todos jamais ousavam, soltar uma palavra, com medo de represálias, de marcas nas costas. O que é isso? Comparada com marcas, que me deixou! E agora ainda vivo com elas. Passado tanto tempo, terei desculpa para tudo o que faço? Não, se calhar devia-me condenar a mim próprio, mas não consigo, deixei de saber o que era o bem e o mal. Há muito tempo, agora apenas tento saciar o meu desejo, que aquele quarto escuro que tantas recordações me deixou, despertou para outras... Confissões de um pedófilo, resumidas neste excerto...

terça-feira, 17 de julho de 2007

O que é a vida?


Se não um reflexo, um espelho, de nós próprios, dos nossos olhos. Dizem que ela é um mar de rosas visto por adolescente. Que ainda não sabem o que ela é, dizem os mais velhos. Os adultos dizem que não é justa, porque nem sempre, alcançamos o que queremos. Mas se alcançássemos tudo o que queríamos passava a ser monótona e degradante a vida. Dizem que é uma eterna esperança. Devido ao facto que temos a ilusão de conseguimos algo, que sabemos nunca vamos atingir. É uma rosa cheia de espinhos, são as pessoas que sofreram e sofrem e quando olham a sua volta só vêem sofrimento. Para mim a vida é aquilo que quisermos, aquilo que estamos disposto que ela seja para nós. Não é um mar de rosas porque nem tudo é perfeito. Não é uma rosa cheia de espinhos porque não existe só sofrimento, existe também muitas alegrias se tivermos dispostos a receber essas alegrias. Esperança porque nela podemos lutar e tentar com que os nossos sonhos sejam alcançáveis, mesmo que pareçam utópicos a que lutar pelos nossos sonhos, e se tornem reais. E para vocês o que é a vida??

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Sim é para ti


-Sim é para ti, que me vês ao longe
Mas bem junto do meu coração
Tornando no que jamais ousei ser...
Pois não obtive a tua benção, adoração
Mataste-me lentamente, deixando saudade
Apenas queria ter um momento contigo
Não tiveste sentimento, ao mostrar a crueldade
Que existia em ti, quando apenas queria um abrigo
Algo que me fizesse de mim um ser feliz
Mas só deixaste espaço para ser infeliz
Condenando a felicidade que se tenta aproximar
Restando agora o que?
Apenas uma imagem reflectida do que fui, do que sou
Não tive escolha se não com muita força abraçar
Agora te digo bem alto, para tudos ouvirem vou
T e vencer nem que seja a última coisa nesta vida
Pois consumiste-me tudo o que havia em mim...Cancro!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Esperança


Um dia quando sentires-te perdido, olha a tua volta. Haverá de certeza alguém para te amparar. Não penses que és o único. Pois há quem sofra mais do que tu, e não anda por aí, a chorar pelos cantos. Tenta desabafar com alguém que compreenda-te, de maneira a que solidão desapareça. De maneira nenhuma feches-te a sete chaves, num mundo só teu. Porque assim quando voltares a realidade, o mundo já não é, aquele que era quando paraste no tempo. O mundo não para, por nada nem por ninguém. A velocidade é sempre a mesma, mesmo que a nós pareça mais depressa ou mais lenta. Aprende a sorrir para vida, só assim ela poderá te retribuir o sorriso. Porque quando o sol brilha, brilha para todos de modo igual. O sol é uma coisa extremamente bela, tão bela como um sorriso espontâneo de uma criança. Não desistas de ter esperança porque quando morrer a esperança, deixas de ser um ser vivo e tornaste num ser vegetal andante e errante.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Sombra do passado


Olá, sim estou te a chamar a ti...
Não me oculte a tua face
Fingindo que não me conheces
Sentindo vergonha ao falares
Comigo... Como mudaste?
Ou será que fui eu e não tu?
Não sei, mas parece que os teus
Olhos estão mais carregados
Mais velhos, menos brilhantes
Como antigamente, o teu semblante,
Estás pálida... Irónico será pensar
Que sofro tanto por ti...Neste momento
Que estás ao meu lado, não sinto nada
Amor, ódio, raiva...nada...
Só quero saber por quê?
Para fechar este capítulo
Da minha vida, já nada significas para
Mim, pois não vivo do passado...Espantada?
Aprendi muito contigo, desde que partiste
Deixei de ser, aquela pessoa melancólica
Que perdoava tudo, e nunca pedia nenhuma
Explicação, sorris agora este sorriso que
Tantas vezes fizeste e que me fazia derreter todo
Mas agora, como já te disse não me afecta nada.
Quero apenas agradecer-te, pois aprendi a dar valor
A vida, curioso só quando partiste é que comecei a dar
Valor a esta, e quando te amava e fazia tudo por ti
Não dava, vou embora já vi que não me vais dizer
Nada... Adeus, foi um prazer te ver...Fui andando de
Volta para o meu canto, e as lágrimas as escorrerem
Pelo meu rosto abaixo, como se de chuva se tratasse
A minha cara mais parece um dilúvio, e eu tremo
Que nem um doente com parkinson, quando apenas
Queria ter lhe dito isto: Ainda te amo, como da primeira
Vez, e não consigo viver sem ti, volta estás perdoada!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Dor


Chamam por ti
Sem saberem
como te chamas
Chama que arde
Sem se ver
E se sente,
Sem se tocar
Razão pela qual
O coração nunca
Segue a razão
Apenas sente-se,
Arde e deixa-se
Levar pelo
Sentimento.
Sentimento pelo
Qual tantos poetas
Ousam chama-lo
De dor.
Mas que sabem,
Eles sobre dor?
Dor que sente-se,
Arde e não vê-se.
Como podem tentar
Descrever em palavras
Tal sentimento?

terça-feira, 10 de julho de 2007

Ingratidão


Nada do que escreva
É merecedor da tua atenção.
Apenas esperava
Que me desses a mão!
Em vez disso, dizes sempre não.
Nunca está suficiente bom à tua vista
Tudo o que escrevo tem um senão...
Apenas queria uma conquista,
Queria ouvir da tua boca um sim...
Nunca o dizes, apenas te pronunciaste
Com um assim-assim...
Não sou como tu: um artista!
Senão compunha versos sentidos,
Já não precisando, mais dos teus arranjos
Para tornar os meus poemas belos, como os teus...
Sou apenas mais um
Neste mundo de ilusões...um ilusionista!

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Meu povo...


Agora me deleito com este rumo
Que minha vida, tomou sem querer
Agora sou apenas desta um consumo
Tendo que assumir esta dor para viver

Ao sol nacente dou um prumo
Para ter algo que me permita
No meio desta confusão, fumo
Conduzindo a minha órbita

Quando no fim de cada dia
E no começo de cada lua
Possa haver uma magia
Negra ou branca, seja tua

E me faças ver de novo
Um caminho para a salvação
Onde o que reina é o coração
Possa chamar de novo...meu Povo!

domingo, 8 de julho de 2007

Beijo


Prostrado à tua frente de joelhos
Declino-me sobre os teus encantos
Abstraindo dos sábios conselhos
Renegos por um beijo nos meus lábios

Que me fazem acreditar no sonho
Me deixam louco por um desejo
Neste comentário me exponho
Que no teu corpo me revejo

E só tu poderás matar
Esta loucura decomponho
Num continuo olhar

Que me fez acreditar
Num eterno risonho
Deste ar de amar

sábado, 7 de julho de 2007

Nada se compara a ti...


Nada se compara a ti. Tudo parece imperfeito quando comparado contigo. O teu olhar transmite tanto, o teu sorriso contagia seja quem for tão genuíno e tão doce. Quando olho para ti não vejo uma pessoa, vejo sim o anjo mais bonito que alguma vez vi. Dizes que és somente uma menina, mas essa menina é tão doce, tão bela. Que não existem palavras para te poderem descrever como deve ser. És uma menina a quem fiquei rendido, fico a cada segundo que passa, e ficarei sempre rendido. Sabes porque? Por seres quem és, nunca mudes a tua existência e vital para muitas pessoas. De certeza que o mundo não era o mesmo sem ti. Não consigo imaginar um mundo sem ti. Sem a preciosidade da tua existência. Nada digo de novo, talvez ate me repita. Mas continuarei a dizer isto ao vento, para vento poder espalhar ao mundo a menina maravilhosa que és. Para quem não te conhecer desejar conhecer-te. E se as pessoas depois de te conhecerem, não gostarem do que viram, não te preocupes porque eu continuarei a gostar de ti como és. Estarei sempre aqui nos bons e maus momentos. Limpar as tuas lágrimas a sorrir contigo e desejar que cada momento se torne imortal. Porque a tua existência para mim se tornara imortal. Nada mais quero dizer, senão que gosto muito de ti. Que tu para mim, és a razão da minha sobrevivência. Eu ainda estou vivo porque um dia me deste a mão, quando estava a um passo do abismo. A ti devo a minha vida. A ti devo hoje ser feliz, e querer a tua companhia, mais do que tudo. Ao ver o teu sorriso faz-me que o mundo pode ser maravilhoso basta lutarmos por ele, quando vejo as tuas lágrimas lembro-me que ele é como uma rosa com espinhos. Mas se tiveres ao meu lado saberei que por mais espinhos que a rosa tenha, eu ultrapassarei tudo. Moverei o mundo se for preciso para te ver feliz. Sei que não tenho dom da escrita, mas quero que fiques a saber que tudo o que escrevi foi pensado em ti, e para ti. Nada mais importa se dizeres que não gostas de mim. Agora neste momento vejo que és o meu sol, a minha vida. Por existirem pessoas como tu e que há pessoas felizes como eu, e por isso acredito que o mundo pode ser algo muito melhor basta querermos.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Sentimento


Quando te vi os meus olhos sorriram
Fazendo deles vivos como nunca antes
Formando então várias formas e cores

Como nunca anteviram
Meus lábios um riso
Entrando no Paraíso

Apenas vos declaro o meu sentimento
Que de tão arrebatador, não me afundo
Neste insensível e hipócrita mundo

Fazendo de cada palavra um momento
Inebriante que fazem os nossos sentidos
Ficarem calados, até com certeza mudos

Para ouvir dizer” Te amo meu amor!”

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Triste partida


Derramando lágrimas pelo meu rosto abaixo,
sentindo a dor do suspiro…ai!
Para não ter que sofrer mais,
os meus olhos fecho.
A tristeza apodera-se de mim,
apenas direi,
jamais voltarei a rir!
Como dói tanto,
só me restar o ir
Com a lágrima caindo,
o sorriso partido.
Como se fosse,
indo para onde ia
Partirei…
sem me despedir,
Com a certeza que será sem alegria.
Sem pedidos, nem manifestações
Por ficar, onde já não é o meu lugar!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Momento


As águas inquietas
Gelam depressa
Sob o céu limpo
Luar e sombra
Refluxo e fluxo.

As memórias do amor longo
Reúnem-se como neve acumulada.
Pungentes como os patos mandarins
Que flutuam lado a lado a dormir.

terça-feira, 3 de julho de 2007

A ti...


Por entre estas estadas, de ausência que perpetuou a minha vida. Encontrei muitos seres, muitas opiniões, divergentes, convergentes. Mas depois nisto tudo, e analisando com calma, vi que alguém me despertou atenção. Com as suas palavras me fez acreditar de novo na poesia livre, onde as regras da escrita eram quebradas. As sensações levadas a um extremo nunca antes visto, ou sentido. Então comecei a escrever, ousar poesia mas nada saia de jeito. Parei e voltei para prosa, onde me sinto como um livre pássaro voando sem limites. O céu é o meu habitat natural, e por ai continuo. Apregoando as palavras, e tentando articular estas com o melhor que sei, tendo em conta que nada sei. E por isso deixo para quem sabe, escreva melhor que eu... Estas palavra não são nada, se com isto não conseguir passar a mensagem, de que este texto me fez voltar acreditar. Obrigado por escreveres tão bem, nunca pares de acreditar em ti, não pares quando te mandarem parar, pois ninguém é dono para dizer o que não se deve fazer. Continua a inovar, com a tua escrita que encanta toda a gente, e toda gente se encanta com a tua escrita.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Qual é mais bela?


A garça nocturna revelada
Pela lua cheia a nascer
-Qual a mais bela?

domingo, 1 de julho de 2007

Amizade


Um dia cruzei-me com uma estranha, essa estranha era mais uma pessoa que se cruzava na minha vida. Nada demais perfeitamente normal e podia acabar aqui esta historia. Mas aconteceu algo inesperado, uma surpresa aconteceu com o passar do tempo, fui começando a gostar dela. Uma pessoa delicada, mas ao mesmo tempo com muita força interior. Alguém a quem podemos chamar amigo, e sentirmos felizes por sermos amigos dessa pessoa. Ela encanta por onde passa, tem simplicidade que a torna única e especial. Talvez essa pessoa não seja dado o devido valor, ou talvez seja eu o errado. Não sei, se calhar nunca irei saber. É uma pessoa com quem podemos falar, e facilmente começamos a gostar. A beleza dela não se compara nada ao que os meus olhos tenham vistos até hoje. Algo inexplicáveis e indecifráveis, um momento com ela são únicos e uma pessoa especial e quem passa por ela jamais a esquece, é impossível esquecer uma pessoa assim. Os seus olhos dizem o que as suas palavras não dizem, os seus olhos demonstram o que vai na sua alma. Alma transparente e clara, um coração de ouro. E eu nunca perguntei o seu nome até hoje porque queria saber, antes de partir. Então ela disse nomes não são importantes, porque voam com o tempo mas sim as acções praticadas. Mas eu insisti para poder apregoar ao mundo, o nome dessa estranha a quem devo muito e aprendi muito também, ela acabou por dizer: o meu nome é amizade então já sabem o nome da estranha e da pessoa que me mostrou, que na vida devemos sorrir, independentemente das desgraças desta.