Eis o centro do corpo
O nosso centro
Onde os dedos escorregam devagar
E logo tornam onde nesse
Centro
Os dedos esfregam - correm
E voltam sem cessar
E então são os meus
Já os teus dedos
E são meus dedos
Já a tua boca
Que vai sorvendo os lábios
Dessa boca
Que manipulo - conduzo
Pensando em tua boca
Ardência funda
Planta em movimento
Que trepa e fende fundidas
Já no tempo
Calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
É esse movimento
Que trepa e fende fundidas
Já no tempo
Calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
É esse movimento
Em torno Em volta
No centro desses lábios
Que a febre toma
Engrossa
E vai cedendo a pouco e pouco
Nos dedos e na palma