sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Às vezes...


Às vezes deparo-me a olhar para o horizonte sem nada ver, sem ter nada para sentir...Apenas olho e vejo o reflexo de mim espelhado para um horizonte cheio de nadas, cheio de tudos. Querendo saber as respostas mas ficando com mais dúvidas... Depois adormeço acordado com esse olhar na minha mente, que permanente ficou num ar. Algo para pensar, mas não quero pensar apenas quero viver, sem ter que ter de pensar apenas agindo. Sendo louco por vezes, inconsciente, sou levado por uma emoção de um momento, por um capricho que noutra altura diria que não pela razão. Agora ajo com coração, deixo que me leve, por esse caminho que às vezes não é o mais correcto.
Silencio-me no nada, respiro as palavras para as poder escrever … Espero pelo momento certo, e redijo numa folha de papel. Levo ao mar, pego numa garrafa e ponho lá um pedaço de mim ponho uma rolha e deixo que o mar a leve. Ao princípio começou por ser um desabafo, duma escrita, que havia sido abafada dentro de mim. Agora é uma rotina periódica, ponho as mágoas numa folha de papel, esperando que sobre ondas do mar me traga a felicidade. Quando alguém me ler perceberá porque às vezes me sinto só, mesmo estando rodeado de mil pessoas. Sinto-me num vazio enorme, quando tenho a volta toda a felicidade que toda a gente deseja ter. Por isso ás vezes mais vale não escrever, mais vale, por na garrafa o silencio do nosso coração para alguém poder nos compreender melhor, em vez de um punhado de palavras preenchidas a dedo, para parecer que o vazio foi preenchido.
Às vezes…