terça-feira, 31 de julho de 2007

Vagueio pelas ruas...


Não consigo dormir, então decido-me levantar a meio da noite para ir dar uma volta. Ver se consigo com que me volte o sono. Caminho pelas ruas desertas, o candeeiro a meia-luz, parece que tenta esconder o que outros há muito esqueceram existir... Uma mulher a meio da esquina, à espera de um cliente, para satisfazer o desejo dele, para ganhar uns trocos para a sua família. Mais adiante vejo um sem abrigo, um senhor que teve família, tinha tudo o que se podia desejar. Sabem então porque está na rua? Porque se tornou inútil para a sociedade, para a sua família pois passou o prazo de validade. Pergunto se precisa de ajuda ainda me trata mal, resolvo continuar o caminho, pois sei que não o consigo ajudar porque ele não quer. Mais tarde, vejo os marginalizados da sociedade, os toxicodependentes, os ladrõezinhos de carros, aqueles que têm casa mas preferem estar na rua pois sentem-se menos sós...
Vagueio o meu pensamento, caindo sempre em ti, tinha insónias porque o meu pensamento deparava sempre em ti. Espero que as palavras não sejam vãs. Mesmo que essas se tornem numa só, seja só para dizer um simples oi, ele contém tudo, um sorriso iluminado no rosto por te ver, por poder estar junto a ti, diz também um gosto de ti, envia beijos sem nunca sentir ciúmes. Por isso digo-te um simples oi, que para mim é mais importante, que uma manifestação de carinho, saudade. Mas isto sou eu vagueando pelos meus pensamentos. Pensando que as palavras não são vás, que vale a pena tentar mudar o mundo, vale a pena dizer o que vai na alma, o que passa no nosso pensamento por um segundo...
Esse segundo passou nem tive tempo para dizer que gosto de falar contigo, da tua companhia, da pessoa que és quanto estás comigo, mas não importa pois os meus pensamentos são mais que um segundo, pois demoram imenso, sabes porque? Porque me dedico a pensar em ti... Fazem-me sorrir lembrar de uma pessoa como tu, mas por outro trazem a saudade momentânea, mas esperando que essa saudade apenas demore o segundo do pensamento que pensei ter saudades tuas...Já passaram vários segundos e como vês continuo a pensar em ti, porque estou a escrever para ti, não minto quando digo que penso em ti.
Agora de volta a realidade, vejo que não posso-te ter ao pé de mim, mais vale me dedicar a tentar ajudar estas pessoas, tentando-me ajudar a mim próprio. Volto para casa para ir dormir, pensar como posso contribuir para ajudar estas pessoas e outras que precisam de tanta ajuda, quanto podermos dar....