quinta-feira, 12 de julho de 2007

Sombra do passado


Olá, sim estou te a chamar a ti...
Não me oculte a tua face
Fingindo que não me conheces
Sentindo vergonha ao falares
Comigo... Como mudaste?
Ou será que fui eu e não tu?
Não sei, mas parece que os teus
Olhos estão mais carregados
Mais velhos, menos brilhantes
Como antigamente, o teu semblante,
Estás pálida... Irónico será pensar
Que sofro tanto por ti...Neste momento
Que estás ao meu lado, não sinto nada
Amor, ódio, raiva...nada...
Só quero saber por quê?
Para fechar este capítulo
Da minha vida, já nada significas para
Mim, pois não vivo do passado...Espantada?
Aprendi muito contigo, desde que partiste
Deixei de ser, aquela pessoa melancólica
Que perdoava tudo, e nunca pedia nenhuma
Explicação, sorris agora este sorriso que
Tantas vezes fizeste e que me fazia derreter todo
Mas agora, como já te disse não me afecta nada.
Quero apenas agradecer-te, pois aprendi a dar valor
A vida, curioso só quando partiste é que comecei a dar
Valor a esta, e quando te amava e fazia tudo por ti
Não dava, vou embora já vi que não me vais dizer
Nada... Adeus, foi um prazer te ver...Fui andando de
Volta para o meu canto, e as lágrimas as escorrerem
Pelo meu rosto abaixo, como se de chuva se tratasse
A minha cara mais parece um dilúvio, e eu tremo
Que nem um doente com parkinson, quando apenas
Queria ter lhe dito isto: Ainda te amo, como da primeira
Vez, e não consigo viver sem ti, volta estás perdoada!

2 comentários:

[[cleo]] disse...

Este poema é um espelho da alma... até podia ter sido eu a escrevê-lo, mas não o faria assim, tão bem!
Mas uma coisa te digo
É o espelho de uma alma que já sofreu e já fez tudo o que alguma vez houve para fazer em nome de um amor, que afinal, talvez fosse só seu... uma miragem...
E como eu conheço esse sentimento tão bem!

Um beijo

sónia disse...

lindo blog e as tuas belas palavras que contagiam toda a gente!

um beijo