Eis o centro do corpo
O nosso centro
Onde os dedos escorregam devagar
E logo tornam onde nesse
Centro
Os dedos esfregam - correm
E voltam sem cessar
E então são os meus
Já os teus dedos
E são meus dedos
Já a tua boca
Que vai sorvendo os lábios
Dessa boca
Que manipulo - conduzo
Pensando em tua boca
Ardência funda
Planta em movimento
Que trepa e fende fundidas
Já no tempo
Calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
É esse movimento
Que trepa e fende fundidas
Já no tempo
Calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
É esse movimento
Em torno Em volta
No centro desses lábios
Que a febre toma
Engrossa
E vai cedendo a pouco e pouco
Nos dedos e na palma
1 comentário:
Bruno, se me condenares eu aceito!
Desculpa-me a ausência, o silêncio! Eu li o texto, mas ultimamente não disponho de muito tempo livre e não tive oportunidade de dizer nada. Mas digo-o agora, acho que o blogue está bem melhor assim, tu escreves muito bem e deves te deixar levar por aquilo que sentes, prosa, poesia, nao importa escreve Bruno, escreve e não pares para nosso bem:).
Um abraço.
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