sábado, 30 de junho de 2007
Sopro do coração
Sopras no coração...
, que bate por ti, cada vez mais, e mais...
Sentindo o teu pulsar ao bater,
Relutando o quero amarrar.
Para que não saias e voar
Para bem longe d'onde não estarás,
Mas deseja ir ao encontro de sua amada...
Ainda que amante não o posso enclausurar,
Numa sina vida de sofrer eternamente!
Farei tudo para que não chores em mim oh coração
Cessar estas lágrimas que derramas, no meu ser sobeja.
Não sou justo para contigo, bem o sei.
Mas a razão que em mim habita,
Não permite que me guie por ti...
Pois assim louco poderei ficar,
Ponderando-me ao ser, não ei de viver plenamente
Será sobreviver sem nunca saber amar.
Perco-me no meandro destas palavras,
Enquanto tu sofres coração, vamos nós
Ficando ateados a elas,
Como numa teia de aranha,
Num labirinto sem volta,
Donde temos do sofrer as desmazelas.
Questionando-me sobre tudo,
Num tudo que sem ela se faz nada,
E sem chegar a nenhuma conclusão.
Reclama o ser duma luz,
Que me guie, me eleve a ti...
Que me diga a verdade
Sobre estes caminhos da vida.
Que se fez desamor, ao te ver partir...
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Quero a ti...
Quero a ti!
A ti que ousei, olhar nos olhos directamente. Vendo a nudez da tua alma. Ficando hipnotizado por tal ser.
Longe estava de saber, que um dia iria amar-te... Amar-te como nunca amei ninguém, daqueles amores que só se vêem nos filmes. Arrebentando o meu coração, com tanto sentimento nele contido. Chegando a sangrar, de tanto bater quando estás junto a ti. Amor que me levou a loucura, onde jamais pensei ser possível, e imaginável acontecer.
Quando te vi pela primeira vez, vi um anjo...
Só poderia ser, pois eras branca como a neve, delicada como a seda, transparente como a água. Teus dedos finos, mas desdenhosamente bem feitos. As curvas do teu corpo, pareciam transbordar do teu vestido, e na trasparência de tuas quedas se viam ainda melhor as tuas curvas. Curvas que ao mero olhos mortais não passavam despercebidas, chamando-me á atenção para um ser tão delicado e puro. Onde não havia malícia, mas uma delineada ingenuidade a qual transbordava sensualidade. Desejando-a só para mim, levando à minha sanidade. Tornando me assassino das almas que te querem subjugar ao mal, te querem levar de mim.
E tu amas-me como te amo? Sentes o que sinto? Perguntas que ficam no ar, neste ar que mal respiro. Pois oxigénio és tu. Não vás para onde nao posso ir. Pois perdê-la, seria-me um morrer. Morrer por dentro.
A dor consumiria-me aos tantos e passaria a sobreviver, neste ódio que me iria corroer...
Sou o que sou
Sou o que sou e não o que tu és.
Desejas que seja igual a ti
Mas isso tudo não passa de um invés
Apaixonei-me desde que te conheci
Depois disso quiseste me mudar
Deixando de ser quem eu era para
Me tornar um errante abastardar
Ficando a ser uma máscara
Sim uma máscara, pois tu não existes
Tu sobrevives do mal dos outros
Iras diluir no tempo dos sentidos
Rapidamente desejo que mudes
E não te tornes um infeliz ser
Por isso muda, torna-te uma mulher
quarta-feira, 27 de junho de 2007
O teu olhar...
Por vezes perco-me com a tua beleza,
com o teu olhar!
Dizem que os olhos são o espelho da alma.
Se sim,
tão tens alma mais pura que vi ate hoje.
Tens algo em ti difícil de descrever,
de explicar,
que me fazes sentir quando estou ao pé de ti.
Não encares isto como mais um conjunto de letras,
que formam um texto.
Mas sim alguém que te quer conhecer,
profundamente.
Quer poder ver realmente a pessoa que és,
quando o meu olhar se perde com o teu…
Não me julgues pelo meu aspecto,
pelo meu carácter arrogante que tenho por vezes.
Só quero que saibas que te acho uma pessoa incrível,
única e especial.
Não te conheço para te dizer isto.
Mas algo em mim,
que me diz que não estou enganado.
Que estou perante alguém com M de mulher enorme!
Apenas te quero conhecer,
deixas-me te conhecer?
terça-feira, 26 de junho de 2007
Morte
Escurece o dia, tudo fica
Negro, passagem inevitável
Caminho de todo inquebrável
Todos sabem o que significa
Mas todos têm medo de te olhar
Porquê? Se vens sempre bater a porta
Nunca te podemos abafar
E no fim nada disto importa!
Vens de mansinho, sem dizeres nada
Como se tratasse de uma balada
Quando chegas ninguém te vê
Cientes de que todos terão essa sorte
E jamais alguém prevê
Quando tu chegas...morte!
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Papel em branco
Livro de papel em branco sou,
Com caneta passo por cima
Ficando a linha da lágrima
Formando um corpo nu
Sou eu, algo por preencher
Para o mundo me poder ver
Um papel vazio, cheio de riscos
Formado por vários sentidos
Abstracto alguns dizem ser
Mas não sei como me definir
Sem nunca realmente ter
A alma de um existir
Sou apenas uma folha em branco
Um ser errante, um saltimbanco
domingo, 24 de junho de 2007
Presença da ausência
Presença da ausência.
Quando elas se fundem
e volvem-se numa só!
Num tormento em que permaneço,
sem ti, desvaneço...
Pensando na tua Ausência
quando cá, estás presente.
Abraço-te na ausência
para não ter que sofrer,
como se fosses minha
amiga, confidente,
dado ao meu ser ausente.
Ficara apenas umas
reticências... da presença
da tua vacuidade...num
quarto vazio onde já
foi teu, meu!
Numa página da vida,
que se transformou a
dita vida sem ti.
Num livro em branco.
Cheio de dúvidas,
tornando presente
o ausente ser que és!
Mas ficara, viva, pulsante
a tua presença em mim.
Apesar de teres morrido
num esquecimento sem fim,
a tua lembrança ainda
mora em mim!
Jamais irei esquecer.
Tornando a presença
da tua ausência, numa
realidade incontornável!
sábado, 23 de junho de 2007
Nasci alma de mulher
Nasci numa alma mulher, dada ao gene de homem
Sou negra por fora, branca por dentro...
Detesto-me mais que os outros possam detestar
Todos me apontam o dedo, sequer me dão alento...
Revejo-me todos os dias no reflexo do espelho.
Comprimo as pálpebras na esperança
de apagar a imagem que vejo
e acordar no corpo que desejo
Querer me cortar, insiste a mágoa que então se mete
Minha renda é apoucada, me é sonho, quando der.
Tenho amores, pais, irmãos e ao todo somos sete
Não é a robustez do meu corpo que me oprime
a sensibilidade.
Não é a minha opção de vida que me condena
a felicidade.
É a sociedade!
Se desconjuga-me o teu olhar, que de longe mira,
saiba que sou mulher, magoada, mas verdadeira...
Triste fado
Não ser amada
Pelo corpo de homem que trago vestida
Vera Carvalho/ Bruno
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Olhar triste
As minhas palavras não chegam
Por isso deixo te este sorriso
Fazendo com que diminuam
As tristezas,tornando-as num lindo riso
Pequeno de tamanho espero te elevar
Fazendo-te abstrair deste mundo
Levando comigo num eterno mar
Parando o pensamento num segundo
Tornando a felicidade em algo profundo
Nem que seja só nesse segundo
Será o melhor segundo da nossa vida
Para nunca mais ficares perdida
Por isso vou tornar este sonho
Uma realidade constante,
Para deixares esse olhar tristonho
Para ficares com um olhar brilhante!
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Alguns Chamam-me de poeta
Alguns chamam-me de poeta
Mas poeta, não sou, nem escritor
Apenas pego no papel, e na caneta
Escrevendo para ti meu amor
Papel em branco, junto letras
Formando um pequeno texto
Que não passam de mentiras
Isto é apenas um pretexto
Para Te chamar a atenção
No meio destas estrelas
A ti minha inspiração
Que não passam de falas
A outros chamou atenção
Quero que sejam desejadas
Imagino
Imagino um mundo melhor
Onde a vida possa se ser vivida
Onde exista apenas um ser o amor
Eu sonho que ainda viva essa vida
Onde não se ponham rótulos
Onde todos sejam aceites como são
Onde haja espaço para haver amigos
Não como este onde existe solidão
Mas o que ainda me deixa contente
É saber que não sou o único a pensar assim
Espero que a criança, de hoje se torne ciente
E deixe este sonho voar, e para nunca ter um fim
Agora chamam-me um eterno sonhador
Pois imagino um mundo melhor
terça-feira, 19 de junho de 2007
Beleza rara
Beleza rara que aos meus olhos encanta,
E o meu coração chora
Por pensar que pode nunca mais te verá
Desejando ser, o que nunca foi
Um simples seguidor dos meus olhos...
Que os meus olhos me guiem onde o meu coração teme ir
Faça descobrir esses novos mundos,
Que outros ousaram ir,
Descobridor quero ser, pelos mares do teu coração
Ventos e tempestades irei ultrapassar para no centro ficar
Jamais serei esquecido, e eternamente serei chamado por conquistador
Quando apenas quis conquistar a tua atenção
Depois de ver teu coração, percebi a essência da vida...
E que muitos nunca chegam a vê-la...
Pois perdem-se nos mares da vista, e tempestades semeiam
Por um amor que dizem ter, mas que não sentem...
Amor não sinto por ti, apenas uma adoração
Que vai crescendo ao longo dos dias...
Por ti a quem chamei de beleza rara!
domingo, 17 de junho de 2007
Prazer
Eis o centro do corpo
O nosso centro
Onde os dedos escorregam devagar
E logo tornam onde nesse
Centro
Os dedos esfregam - correm
E voltam sem cessar
E então são os meus
Já os teus dedos
E são meus dedos
Já a tua boca
Que vai sorvendo os lábios
Dessa boca
Que manipulo - conduzo
Pensando em tua boca
Ardência funda
Planta em movimento
Que trepa e fende fundidas
Já no tempo
Calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
É esse movimento
Que trepa e fende fundidas
Já no tempo
Calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
É esse movimento
Em torno Em volta
No centro desses lábios
Que a febre toma
Engrossa
E vai cedendo a pouco e pouco
Nos dedos e na palma
O horizonte que se perde de vista...
Deambulando pelas ruas desertas, e também eu sou uma rua deserta…
Tentando alcançar o infinito, o infinito que não se quer deixar alcançar…
O horizonte que se perde de vista…
Sentir que se pode ter tudo,
Dentro do tudo que se pode ter…
Sentir que se pode ser tudo…
O horizonte que se perde de vista…
Ser um dia,
Ser o herói desse dia,
Este dia,
Popular…
O horizonte que se perde de vista…
Deambulando pelas ruas desertas, e também eu sou uma rua deserta…
Falta-me algo…
O horizonte que se perde de vista…
O mundo a acabar,
O corpo a gastar…
E eu aqui: deserto.
Tenho sede…
Do amor que não tenho,
Tenho sede…
Tenho sede…
A vida está gasta…
Dobro o Papel.
Apago a noite!
Tenho sede…
O horizonte que se perde de vista…
Autores: Ex-Ricardo e Bruno
sábado, 16 de junho de 2007
Gritar bem alto...
Apetece-me gritar ao mundo
Que rotulou por ter tal doença,
Que nem esperou por um segundo
Para gritar bem alto a sentença
Mas eu sou menos que os outros?
Não sei, bem lá no fundo...
Sei que não sou em todos os sentidos
Mas não me tratem como moribundo
Todos falam cheios de moral,
Como se tivessem tal ingrediente
Para falar, como se fosse única verdade
Desta sociedade, onde tudo é abismal
O meu único desejo era não ter esta vida
Assim se calhar não viveria tal crueldade
Mas Deus quis que tivesse sida...
Para viver neste manto de saudade
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Mãos dadas
-Tuas mãos são deleite de poesias,
Fortes como rochas, como pedras,
Doces, suaves, quando me acaricias.
Belas são tuas mãos negras!
-Tuas mãos são como pétalas de rosas
Com elas toda a tristeza me arrancas.
São ternas, são vaporosas,
Lindas, perfeitas e tão brancas.
De mãos dadas vencemos
O preconceito imundo.
Com nossos versos crescemos
E de mãos dadas mudamos o Mundo.
Mundo este que está feito
Para não ser mudado
Pois quem nasceu branco é perfeito
E o negro é o pobre coitado
Que nas mãos de Deus é iluminado
Mas nas mãos dos homens
É o ser mais crucificado
O branco apenas dá ordens
Marther Lurther King dizia
Eu tenho um sonho,
Só espero por esse dia...
Mundo este que está feito
Para não ser mudado
Pois quem nasceu branco é perfeito
E o negro é o pobre coitado
Que nas mãos de Deus é iluminado
Mas nas mãos dos homens
É o ser mais crucificado
O branco apenas dá ordens
Marther Lurther King dizia
Eu tenho um sonho,
Só espero por esse dia...
Dueto com Vera Silva
Não vou à rua
Não vou à rua porque tenho medo,
e talvez até vergonha
de tentar fugir ao tempo.
Tenho medo de encontrar
alguém que me poça encarar,
tenho vergonha de olhar
a pessoa que irei amar.
Não consigo sair,
é mais forte do que eu.
E quando sai-o, por obrigação,
olho sempre para o chão,
pois assim não vejo,
no rosto, a expressão.
É verdade,
já tentei pôr termo à vida,
só para ver se não sofria.
Mas já vi que não vale de nada...
Portanto,
só me resta uma coisa:
viver de cabeça erguida,
e não ter vergonha de assumir
que sou homossexual.
E se me questionarem,
eu digo:"qual é o mal?"
Não incomodo ninguém...!
Apenas vivo a minha vida,
Por que se incomandam comigo,
Tonando a minha vida num inferno,
Será que algum dia vai mudar?
Será que algum dia não serei olhado de lado?
Espero por esse dia, será um sonho tornado real!
Mas enquanto não acontece, terei de aguentar com esses olhares...
Que me matam, só com olhar, que sociedade que ousa dizer ser liberal...
e talvez até vergonha
de tentar fugir ao tempo.
Tenho medo de encontrar
alguém que me poça encarar,
tenho vergonha de olhar
a pessoa que irei amar.
Não consigo sair,
é mais forte do que eu.
E quando sai-o, por obrigação,
olho sempre para o chão,
pois assim não vejo,
no rosto, a expressão.
É verdade,
já tentei pôr termo à vida,
só para ver se não sofria.
Mas já vi que não vale de nada...
Portanto,
só me resta uma coisa:
viver de cabeça erguida,
e não ter vergonha de assumir
que sou homossexual.
E se me questionarem,
eu digo:"qual é o mal?"
Não incomodo ninguém...!
Apenas vivo a minha vida,
Por que se incomandam comigo,
Tonando a minha vida num inferno,
Será que algum dia vai mudar?
Será que algum dia não serei olhado de lado?
Espero por esse dia, será um sonho tornado real!
Mas enquanto não acontece, terei de aguentar com esses olhares...
Que me matam, só com olhar, que sociedade que ousa dizer ser liberal...
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